quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ela esteve
onde eu nunca vou estar
e meus amigos insistem
que não custa tentar
mas enquanto você
ainda sentir falta da voz dela,
nunca entenderá
o que a minha tem para falar...

terça-feira, 10 de abril de 2012

no escuro

no escuro, suas mãos percorrem meu corpo, como se minha carne lhe pertencesse.
a tensão na tela da televisão aumenta, como a dos meus nervos, vibrando em uníssono, tentando não perder o controle.
aumenta a temperatura, a velocidade, a tontura, a tensão, o prazer...
... vejo em seus olhos que se diverte tendo poder sobre as minhas sensações...e então tudo desaparece num êxtase solitário.
e depois de tudo, só me resta a frustração de ser usada e um desejo insaciado.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Malas Prontas

eu estava pronta para ir embora.
deixar para trás todos os que amo, e tanto ferir, e encarar o desconhecido.
era uma decisão sem volta, e eu admito que estava apavorada.
mas também não havia nenhuma outra solução possível.
então o velho buk me salvou. salve, velho buk!
amigos queridos, que sequer conheço pessoalmente, me deram a alternativa de pôr o pé na estrada, sem olhar para trás e deixar a vida me guiar. e eu aceitei!
e agora deixo-vos, olhando minhas pegadas seguindo para um destino incerto, mas cheia de esperança e alegria no coração, presenteada por amigos distantes, mas muito presentes no que importa...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Onde me deixei ERRAR

Perdida em pensamentos, planejando algo que sei que não conseguirei por mim mesma. Perdida entre sonhos e realidades, querendo antecipar o fim (...) entre convicções e fatos que a vida insiste em mostrar; insisto em não entender (?!?) ... o orgulho tende a esconder...

Penso seriamente todos os dias e como diz a música - “Quero explodir as grades e voar. Não tenho pra onde ir mas não quero ficar”, minha vontade de “voar” por esse horizonte sem fim é maior que tudo nesse momento.

Quero ir mais além, muito mais e confesso; não sei se conseguirei caminhar por muito tempo, desespero com essa fraqueza de não aceitar as coisas como devem ser, com isso estou perdida em meus pensamentos procurando perguntas para tantas respostas, chorando por dentro, tentando lembrar em que momento me deixei errar...

Ninguém sabe...

As perguntas são iguais todos os dias

Cansei de dar explicações

Aí fico assim; distante de mim...

Me tratam como se me conhecessem, como se eu fosse auto suficiente

Mas não me reconheço, nem me lembro para onde foi toda aquela confiança aparente

Estou diferente, mas o quê (quem) mudou realmente

O problema SOU EU, pelo menos é o que digo sempre porque ninguém sabe nada da minha alma, o que me faz chorar ou sorrir

Ninguém compreende meus mundos, nem imaginam os pesadelos que habitam meus sonhos

Mas; ainda estou aqui, por vezes dentro de mim (?!?)

Não sabem nada de mim... e se um dia virem a saber tudo que tenho a dizer é
ADEUS!!!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

despindo-se.

arranquei enfim o coração, como o último acessório da roupa que eu escolhera com tanto esmero.
lancei à um canto poeirento do quarto barato de motel, junto com as roupas.
tomei mais um longo gole do whiskey barato, dei mais uma longa e última tragada no cigarro, antes de lançá-lo pela janela, junto com o pouco bom-senso que me restava.
e então me entreguei à luxúria que vinha me corroendo por dentro, sem remorsos ou temores, já que nenhum sentimento se colocaria entre eu e minha presa naquela cama impessoal.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Lascívia.

Ele é interessante, bonito, divertido.
Atencioso, além de instigante.
Por todos os deuses da bebida, se eu tivesse a chance, não ia sobrar nada dele.
Macularia de chagas toda aquela carne alvíssima, colocaria em marcas toda a intensidade do meu desejo...
Eu sorveria seus beijos mais sedenta do que estaria por água em um deserto, e desvendaria seu corpo inteiro, buscando por cada ponto que pudesse nos levar à êxtases inauditos...
Eu me perderia em seu ser, transformando em realidade cada sonho que me agita as noites; eu guardaria seu gosto, seu cheiro e seus suspiros como preciosos tesouros na memória...
Eu lhe mostraria minha alma, sem palavras, e também apreenderia sua essência sem que ele notasse, furtiva como uma ladra...
Deuses da embriaguez, se eu tivesse a chance, eu me entregaria de corpo e alma nesse ato, e tão completamente que eu passaria a fazer parte dele, minha carne entranhada na dele, que tornaria-me droga, e fazendo-me notar pela abstinência em minhas ausências.